quarta-feira, julho 19, 2006

In the waiting line

Trancada no seu desfocado mundo que lhe parece emprestado, falha o alvo que vai diminuindo a cada lançamento vago ao oculto que lhe assombra o tecto cinzento e tenebroso em que se tornou.
O único caminho que lhe é mostrado é um corredor infinito de paredes crespas e negras, onde o ar é húmido e sufocante, onde os seus passos são interditos pelo medo, ressentimento, como se fossem agarrados por um anónimo e a frustração a pudesse então atropelar e fazê-la resignar-se de uma vez. Onde uma névoa carregada que transborda lhe descarrega o peso no corpo e invade a cabeça de onde lhe suga a essência que a mantinha de cabeça já meio erguida.
Mas continua pelas altas paredes robustas não mais melindrosas, tentando não baralhar as coordenadas e alimentando a vontade inerte de alcançar a brecha de luz que acredita estar não muito longe.

segunda-feira, julho 17, 2006

That I would be good

Porque queria ser o bem, queria ser o que está certo e não arrepender os meus gestos, não arrepelar a minha reacção nem massacrar a minha existência...
Rir comigo, sorrir o teu sorriso...
Já não sei ser só eu, a cada tempo que noto passado apercebo-me disso mas quando revelo uma mudança ela não era a minha... Tenho-me moldado e vejo-me quase dissolvida, preciso de me encontrar, de abrir a porta à forma de me deixar desenhar ao que era e não simplesmente esboçar semelhantes teus.
Quero simplesmente ter-me de volta.

domingo, julho 16, 2006

Nickel Back

just say what it's worth to say *

segunda-feira, julho 03, 2006

pôs

escolheste assim e eu assim escolho

domingo, julho 02, 2006

unless you don't call this living

Fearless

No tecto chocam os pensamentos
que mudam a cada destacado segundo
perante os minutos que rastejam à sua frente…
o corpo permanece ledo
na remexida colcha de penas que inspira…
os olhos não vertem, não libertam,
acumulam, absorvem,
fartos estão de tão doridos que foram…
e tenso, lá vai o coração,
que profissional em aprendiz,
se mantêm em carregar o persistente “estar”.
A presença que remói ou a ausência que respira?
Se respira a sua falta,
mas se se alterna consigo nele
como impedir que colida?