terça-feira, fevereiro 19, 2008

Dias assim

Há dias...
Dias que nos passam diante dos olhos tão lentamente, que de uma maneira contrária, tão súbita, se vai a vontade, com um espasmo desta sentido mesmo segundos antes.
Dias repassados a fazer crescer a vontade, aquela vontade que se cria para renascer no dia seguinte. O espírito de leveza e contrariedade. A vontade de sim, e a vontade que se ergue a esta para a “contraespaçar”.
Dias mortos pelo do dia seguinte. Dias em que nada mais se faz que pelo a seguir esperar. Um esperar retardado, inútil, premeditado e de tanto o “tão” se querer, se escorrega de chapa...tornando á enfatizada espera.
Dias estes em que tudo reaparece e desaparece tão repentinamente, que nos raspa a vontade de reaver, seja o que for que va além da mágoa escorrida.
Dias aqueles em que nos revivemos aterrados num incógnito reconhecido, que ganha forma ao serem encontradas, peças aquelas, que julgavamos desprovidas de sentido esperado...as que ficaram soltas na mão e deixaramos perdidas, por não saber onde as usar, ou ainda que inocuamente sem conseguir, olhando para os lados, deitá-las fora... por esperar idílicos dias...
Dias arrevessados pelo meio, por de onde se estilhaça, dando a descobrir cada pedaço de luz, que dentro de nós conseguimos descorrer-lhe, se não um sentido, uma razão, ainda que não nova, uma “empoeirada”.
Não sendo, o são, dias sem história...