quinta-feira, janeiro 31, 2008

"A Dúvida"

Um pensamento segue o outro por quê? Porque o primeiro pensamento não basta a si mesmo, se exige outro pensamento. Exige outro para certificar-se de si mesmo. Um pensamento segue outro porque o segundo duvida do primeiro, e porque o primeiro duvida de si mesmo. Um pensamento segue o outro pelo caminho da dúvida. Sou uma corrente de pensamentos que duvidam.

domingo, janeiro 27, 2008

"Over thinking, over analyzing separates the body from the mind.
Withering my intuition, missing opportunities and I must
Feed my will to feel my moment drawing way outside the lines."

terça-feira, janeiro 22, 2008

memories...



"Memory can change the shape of a room, it can change the color of a car. And memories can be distorted. They're just an interpretation, not a record. They're irrelevant if you have the facts.

I have to believe in a world outside my own mind. I have to believe that my actions still have meaning. I have to believe that when my eyes are closed, the world's still there. Do I believe the world's still there? Is it still out there?...Yeah. We all need mirrors to remind ourselves who we are."

Introspecções

Quantas vezes nos confrontamos com fracassos perdidos ainda que ja levantados? Puxamos as contradições para acalmar a incompatibilidade conhecida cuja fora superada com forçadas procuras alentas...
Quantas vezes desenterramos quer as falhas, quer os excessos que elevavam e quase como que duplicavam o que pressentiamos em que o proporcionar, o encenar, o mostrar estava inerente.
Quando encaramos a cessa da procura pela pertença ao que todos julgamos fazer sentido, surge o que mais tarde nos chapam termos corado. Conscientemente apanhamos o gosto pela consecutiva sucessão de reacções que alargámos, não as nossas.
Ganhamos o jeito em aperfeiçoar ao toque escolhido e planeado...
E quantas vezes nos foi dado a escolher?
Escolher não escolher coisa alguma também é uma escolha...
Não a se censura, não a se interioriza moralmente, mas raramente a deixamos como escolha não válida.
Mais uma...
Quantas vezes nos é pressionada uma escolha do momento, por que optamos por uma feita ao nosso lado inócuo...o parecer.
Torna-nos mais fortes...Não, torna-nos mais cientes da obscuridade de vontade e da mostra do que resta dela. Essa mantêm-se inerte e nem nos importa, só a dificultade em que lhe aumentamos a clareza...tornámo-nos assim.
Não queremos ver, queremos desconfiar, montar, desobstruir subtilmente, e subtilmente corresponder.
De onde vem o valor engendrado?
Como se revela a pose insensível despreocupada quanto ao foco precisamente importado, quando para nós nos é revelada a elevação que temos aquando desta se abriu daquela procura dispa de reacção gradiente e ingénua.
Como é que a decisão que pretende ser correcta vai tomar-se por motivos errados...
É o egoísmo abjacente tão forte que bloqueia até a hipótese de provar ser-se melhor.
Por que depois de o caminho se tornar mais claro lhe continuamos a por entraves encutidos nas divagações tentadas explícitas mas com o seu “quê” de incoerência conveniente.
Nada é perfeito...disto já se tem noção. Não é o que se coloca em questão, mas não será a desculpa mais “à mão” para afastar o que estereotipadamente se crê nos sarar mesmo que venha tapar a “caida” anterior.
Por que automatizadamente nos tornamos martirizados voluntariamente, chegando a um ponto em que nos deixamos observar e tomar becos por outros já rasgados.
Pode chamar-se injusta a uma desistência de gesto ao não oportunar por egoísmo comodista quando queremos simplesmente precisar somente d nós próprios?
Ou é isto um refúgio supostamente aceitável por uma falta de predisposição ao render.
Os calos que vamos nós próprios gretando ao serem pisados vão ter esse incrédulo papel.
Não temos nós o direito de replicar os antecedentes da tamanha greve de carácter e essência que levou a este acumular...
O que se diria do camuflar do sentido?
Poderá ser punível deixarmos de lado o que não conseguimos lidar... a força enquanto substituível será prevista de se retalhar, e as porções destas sendo mal distribuídas causaram este desequilíbrio;
Ou o balanço avaliado de forma a tranformar as porções numa...o que foi englobar todas as outras restantes em outra...duas...a questão em curso, o resto.
Como se este resto pudesse esperar...
Quantas vezes neste resto foi sacrificado o que ficou esquecido pelo amontoado do outro resto...
Prioridades...
É plausível defini-las não sendo as nossas quando o que desejamos é o certo, quando todos queremos apenas a “nossa parte”, o pedaço a que julgamos ter direito, a demonstração necessária para alimentar a contínua dedicação.
É-nos proporcionado o poder de mudar. Não farta este não ser dividido? Por que ninguém o agarra, ninguém o acarta... Quer-se resultados duradouros com prestas por um terço...
Dá azo a especulações interiores tocando a extremos já não mais plenos...
Atrevo-me que o bem-estar ao ser partilhado perde intensidade, como o outro lado deixou de conseguir dar-lhe sentido. Como as talas de falta de discernimento podem dar tamanho crescente à insatisfação inexorável.
Como é que pode haver fórmulas de entendimento, sem ambiguidades para determinações por suposições lógicas ainda que calculadas de forma inexplicável... que desconsolo não conseguir ser-se tanto pelo deixar pela metade que se advem para nós...
Como decresce o dar por contentamento pessoal, por ser-se diferente...se o desleixo poisou para dar lugar às sistemáticas e previstas palavras desmesuradas onde está o impulso do dizer anterior ao conhecido longínquo sentir e cair em si, “palavras leva-as o vento”.
O desventrar de atitude corrupta corrói a ponto de não importar, só descura onde sobressai um pesar quotidiano que se amole abruptamente com trocas psicológicas. Não é aqui que nos damos por superiores(?) ,com um pisar escondido do orgulho?
Queremos deixá-lo para trás para juntarmos mais uma ao leque dessas quebras desconcertantes para nos certificarmos que não foi de todo mal aproveitado no tentar da valorização.
Há quanto chegue o desprezo incauto oriundo do cansaço perdurado. Mas até se instalar, vai retocando o soslaio cuidado em evitar que se perca aquilo que ganhou significado simplesmente por costumar fazer do hábito e da necessidade por ele instaurado.
Mas e deixá-lo de lado mantendo o rumo de alerta para o presente descuido passivo...para quê calar o que pode “avessar” tudo? Porque é esta a quebra já insustentável...um gritar mudo.

domingo, janeiro 20, 2008

...

...porque os conselhos idealizados não se nos aplicam...

quarta-feira, janeiro 16, 2008

"Não há nada de tão absurdo que o hábito não torne aceitável."

segunda-feira, janeiro 14, 2008



estão cansadas... do vazio que trazem,
do tão provisório que seguram...

domingo, janeiro 13, 2008

(In)adaptado

Sempre o mesmo não estar
Sempre o mesmo estado
Sempre o mesmo perder
Sempre o mesmo lado
Sempre o mesmo dizer
Sempre a mesma estrada
Sempre o mesmo nada
Sempre o mesmo fumo
Sempre o mesmo encontrar
Sempre o mesmo deixar para trás
Sempre a mesma noite
Sempre o mesmo estar-bem
Sempre o mesmo engate
Sempre o mesmo nínguem
Sempre a mesma falta de cor e humor
Sempre as mesmas vozes
Sempre as mesmas razões
Sempre o mesmo esquivar
Sempre o mesmo jogar
Sempre o tardio nunca lutar
Sempre a mesma calma
Sempre o mesmo "Hoje não"
Sempre o mesmo tecto
Sempre o mesmo medo
Sempre o mesmo não-ser
Sempre o mesmo parecer

Só cheiro o mundo a andar para trás
E sempre a mesma gente a ficar para trás
Aparecem, Acontecem, Esquecem que no fundo
Nínguem sabe o que faz

Sempre a mesma vida
Encalhada nesse sempre

Talvez amanha pense outra vez...

sábado, janeiro 12, 2008

Já fui

Não sou eu a preencher-te no teu tempo, pois esse é-te escasso...
Não sou eu quem te ampara a queda, pois há quem o faça melhor...
Não sou eu quem te segura a mão quando precisas,as duas, pois outro alguém precisa sempre mais...
Não sou eu quem enchuga o sal que te escorre o medo, porque quando chego ao pé de ti já o lavaste...
Não sou aquela com quem partilhas de fresco, mas sim quando to vem a memória...
Não sou quem abraças mesmo sem razão, pois esse aperto pertence a outrora...
Não sou a verdade que te faz brilhar, pois com enfeites a tua alegria deixa-se maior...
Não sou quem te vê sorrir de felicidade, visto que os momentos extremos ouço-os de longe...
E não sou eu quem vai guardar a ridicularidade da esperança perdida, visto que a perseverança não se conota mais em nós...

segunda-feira, janeiro 07, 2008



Eppure Sentire (Un Senso Di Te) by Elisa

Vais voltar quando já não for preciso voltar

Lá para fora... parece tudo tão repleto de...tudo, enquanto que por este canto onde ninguém espreita, a replitude é de gestos invisíveis. A montra que os disponibiliza, ninguém lhe passa o olho , ainda que volucremente.
Por ela vê-se “esta gente”, através dum langue olhar de quem já se cansou de gestículações vãs, então onde mais vale deixar passar silenciosamente.
Mas por aqui? Tu não chegas nem perto...
Pões-me a um canto, quando não o meu mas o que me deixa plácida à luz do meu movimento, parece que me pões à prova, onde seguramente te oiço como nunca te ouvi para mim... imarcescivelmente sempre, encostas as minhas palavras bruscamente de costas voltadas com a tua indiferença, levando-me inevitavelmente por arrasto.
O que me vai submeter a uma retrospecção das reacções agora medidas por se afundar na ilusão constante do irrealizável num futuro não muito distante, que acaba sempre adiado ao ponto de nem se reconhecer quando se dá fresta para a realidade distraída.
É como que “espasmamente” eu desejasse, ainda que se tenha tornado numa vontade mal desencantada, eu desejo...
...mas farta-me

“(...) No tempo em que festejavam os meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter esperanças que os outros tinham por mim
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
(...) Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos
E a alegria de todos, e a minha, estava certa como uma religião qualquer.”

sábado, janeiro 05, 2008

crise de identidade...

“ A identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia, (...) somos confrontados por uma multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades possíveis, com cada uma das quais nos poderíamos identificar.”
(Mercer)