sexta-feira, maio 26, 2006

I used to be alive


Numa pequenina caixinha de vidro compacta-se outra tentativa falhada de libertação,
Solto o meu grito que se esbarra por entre as quatro paredes, e fica ali…calado, mudo, apático, atingido pelas respostas trocadas como punhais que esfaqueiam quando Ela quer jogar aquele complexo jogo, aquele que todos jogamos.
Bem tenta afirmar-se, compreender-se e libertar-se, mas de si saem só secos sussurros, leves murmúrios que o deixam incompleto, derrotado, enfraquecido.
A força que reúne a cada passo tomado que usa para se erguer volta-se e direcciona-se contra si. Esbarram-se contra ele…
Aprende a cair, mais devagarinho, suavemente, e lembra-se desta vez de amparar a queda…
Mas o amortecedor era fraco, não chegou para o segurar…ele esbarra-se.
Agora o grito retém-se…empaveceu, pensou que iria aterrar seguro e impune…mas enganou-se. Espera agora decidir-se a desamarrar o que o ressuscitará e o torne vivo, pois a sua autenticidade feriu-se e o seu medo não deixou que a ferida sarasse.
Basta mentalizar-se que é capaz, talvez não chegue, basta não tentar libertar-se mas gritar, faltar-lhe – á a voz?, ser o grito, gritar o grito por inteiro…
Basta deixar de o deixar pela metade…
A caixinha de vidro abriu agora, haverá não um novo voo, um novo acreditar, mas um novo “grito”

1 Comments:

Blogger Ana said...

o grito da esperança de um novo sentido:)
Amo-te acredita naquilo que és porque a lua acredito, pode nao iluminar o dia mas torna a noite na coisa mais fantastica que existe, se ela conseguiu tu tambem consegues

sexta mai. 26, 05:00:00 da tarde 2006  

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